A campanha do título

10.º Jogo - Vasco 2x3 Flamengo/RJ

Domingo, 8 de julho de 1923

Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro/RJ

_MG_8061
Time do Vasco. Da esquerda para a direita: (em pé) Torterolli, Paschoal, Cecy, Negrito, Arlindo, Arthur e Nicolino; (deitados) Bolão, Nelson e Mingote. Revista da Semana (1923). Acervo: Biblioteca Nacional

O “sistema” tentou evitar o título do Vasco. Todos os rivais queriam parar os Camisas Negras. Diante de uma arbitragem duvidosa, o Vasco sofreu a sua única derrota no campeonato. O terceiro jogo do 2.º Turno do campeonato foi o embate entre os invictos Camisas Negras e a equipe flamenga, o único representante das elites que ainda sonhava com a possibilidade do título. Os rivais se uniram contra o Vasco. O Cruzmaltino se via “Contra Tudo e Contra Todos”. O rival abriu 2 a 0 no primeiro tempo. A reação vascaína, novamente, veio na segunda etapa. O gol daquele que seria o empate foi marcado nos minutos finais. Mas, o árbitro Carlito Rocha, do Botafogo/RJ, não viu o que todos no estádio viram: a bola chutada por Paschoal entrou. Findada a partida, o que se viu pelas ruas da cidade foram demonstrações de xenofobia por parte dos torcedores rivais. O Clube era um representante da colônia lusitana e seus jogadores simbolizavam os estratos sociais excluídos da sociedade. Pensaram que tinham parado do Vasco, quando na verdade os Camisas Negras estavam mais vivos do que nunca. A glória eterna os aguardavam.

Domingo, 8 de julho de 1923

VASCO 2×3 Flamengo/RJ

Campeonato Carioca de 1923 – 2.º Turno

Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro/RJ

VASCO: Nelson; Leitão e Mingote; Nicolino, Bolão e Arthur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito. Técnico: Ramón Platero (URU)

Flamengo/RJ: Iberê; Penaforte e Telefone; Mamede, Seabra e Dino; Sidney Pullen, Candiota, Nonô, Junqueira e Moderato

Gols: Candiota 30/1.º T (FLA), Nonô 33/1.º T (FLA), Cecy 3/2.º T (VAS), Junqueira 12/2.º T (FLA) e Paschoal 37/2.º T (VAS)

Árbitro: Carlito Rocha

Fonte: Almanaque do Vasco (2019)