Paschoal

Nome: Paschoal Cinelli (ou Chinelle)

Nascimento: 19/04/1900, Rio de Janeiro/RJ

Falecimento: 1988, Rio de Janeiro/RJ

Pai: Francisco Chinelle

Mãe: Regina Cataldo Chinelle

Profissão (1923): Empregado do comércio

Local de trabalho (1923): Casa Retroz (Armarinho – Galdino & Rodrigues)

Endereço (1923): Rua Uruguaiana, n.º 97

Posição: Extrema-direita

Paschoal ganhou a alcunha de “Trem de Luxo”, porque possuía uma arrancada rápida e constante, Paschoal foi um dos grandes símbolos de um Vasco que se tornaria um dos maiores clubes esportivos do Brasil. Com uma vida inteira dedicada ao Clube, ele esteve presente nos três primeiros títulos cariocas do Gigante, em 1923, 1924 e 1929. Também foi campeão da Série B em 1922 e conquistou os títulos do Torneio Início de 1926, 1929, 1930 e 1932. 

Trabalhou como empregado do comércio na Casa Retroz,  sendo um dos sócios proprietários Adriano Rodrigues dos Santos, o dirigente vascaíno responsável por buscar jogadores para compor as equipes do Clube. Homem branco de baixa condição social, atuava na extrema direita (era um ponta direita clássico) e foi titular da Seleção Brasileira por muitos anos. Descoberto nas peladas do Cais do Porto, veio do pequeno Sport Club Rio de Janeiro para o Vasco, e conservou a Cruz de Cristo em seu coração até o fim da vida. 

Na década de 1930, chegou ao cargo de Diretor de Desportos Terrestres, tal como seu amigo Bolão. Atuou como funcionário do Clube no departamento de futebol por longo período. Paschoal tornou-se Benemérito do Club de Regatas Vasco da Gama.

No Campeonato Carioca de 1923, disputou todas as partidas e marcou 2 gols. No geral, Paschoal possui 264 partidas pelo Vasco, sendo o “Camisa Negra de 1923” com mais jogos e títulos pelo Clube. Foram 172 vitórias, 47 empates e 45 derrotas, com 82 marcados para o Gigante da Colina. A primeira partida disputada por Paschoal pelo Vasco foi um amistoso, realizado no dia 20 de novembro de 1921, uma vitória do Vasco por 1 a 0 contra a Seleção da Marinha/RJ. O último jogo ocorreu no dia 24 de julho de 1932, um embate contra o São Cristóvão/RJ, válido pelo Campeonato Carioca.

Paschoal, por ser jogador da Seleção Brasileira, em 1924, não teve sua exclusão solicitada pela Comissão Organizadora da AMEA, ainda que fosse membro de estrato social mais humilde e tivesse dificuldade para ler e escrever. Os jornais e documentos geralmente trazem seu sobre nome como “Silva”. O jornalista Mario Filho, na obra “O Negro no Futebol Brasileiro”, relata que Paschoal só aprendeu a assinar o nome após adotar o sobrenome fictício “Silva”, mais fácil de escrever do que o seu sobrenome de origem italiana, “Cinelli”.

Títulos

  • Campeonato da Série B da 1.ª Divisão (1922)
  • Campeonato Carioca (1923 / 1924 – invicto / 1929)
  • Torneio Início (1926 /  1929 / 1930 / 1932)