Leitão

Nome: Albanito Leitão (Nascimento)

Nascimento: 03/02/1898, Cascata, Paracambi/RJ

Falecimento: 1944 (?)

Pai: 

Mãe: 

Profissão (1923): Empregado do comércio

Local de trabalho (1923): C. Machado & Cia. (Tintas e Vernizes)

Endereço (1923): Rua Buenos Aires, n.º 77

Posição: Zagueiro

O “player” Leitão, foi fundamental para a conquista vascaína em 1923. Formou a dupla de zaga dos Camisas Negras em todos os jogos da competição, ora compondo com Claudio, titular no 1.o Turno, e depois, no 2.º Turno, com Mingote. Junto do goleiro Nelson da Conceição, atuou nas 14 partidas do campeonato e compôs a melhor defesa da competição.

Segundo a família do atleta, Albanito possuía o sobrenome Leitão, registrado nos nomes de seus familiares. Dessa forma, “Leitão” não era um apelido, como sempre foi registrado em jornais, documentos do Clube e produções literárias como o livro do jornalista Mario Filho, “O Negro no futebol brasileiro”. Enquanto o sobrenome “Nascimento”, na verdade, não fazia parte do seu nome oficial, mas Albanito o usava para homenagear o seu cunhado, Ernesto Antonio do Nascimento, a quem era muito grato pela ajuda durante a sua vida no futebol e depois que se aposentou dos campos. Além disso, Albanito Leitão era pardo, não-branco, ao contrário do que foi reproduzido muitas vezes, dando conta de que o chamavam de “Leitão” por ter a pele “rosada”.

O jogador veio do Bangu para o Vasco em 1922. Atuava pelo clube da Zona Oeste desde 1917 e era tecelão na Fábrica Bangu. Jogando pela agremiação vascaína, passou a trabalhar como empregado do comércio na C. Machado & Cia. (Tintas e Vernizes). Analfabeto, tomou aulas com o bibliotecário do Clube, Custodio Moura, para poder fazer a inscrição pelo Cruzmaltino, cumprindo as regras estabelecidas pela Liga Metropolitana, e jogar a Série B da 1.ª Divisão. Mesmo assim, naquele ano, foi denunciado pela Comissão de Sindicância e teve seu registro cassado. O Vasco teve uma longa briga na Liga Metropolitana para fazer valer seus pontos conquistados em campo,  com o seu jogador. A batalha contra o preconceito foi vencida, e Leitão pode continuar a escrever a sua trajetória vitoriosa no futebol.

Em 1924, sofreu outra perseguição, por parte da recém-criada Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). Leitão foi um dos 12 atletas que teve seu registro de jogador negado pela Comissão Organizadora da entidade.  Novamente, o Vasco ficou ao lado do seu atleta, se negando a excluí-lo e a seus companheiros, no caso conhecido como “Resposta Histórica”

No Vasco, Leitão realizou a sua primeira partida em 14 de março de 1922, no amistoso contra a equipe do Villa Izabel/RJ. O último jogo pelo Clube foi em 22 de novembro de 1925, em partida contra o Fluminense/RJ, válida pelo Campeonato Carioca. No final da década de 1920 e início da década de 1930, realizou alguns amistosos por uma “equipe máster do Vasco”. 

No geral, Leitão atuou em 70 jogos pelo Vasco, com 51 vitórias, 8 empates e apenas 11 derrotas.

Títulos

  • Campeonato da Série B da 1.ª Divisão (1922)
  • Campeonato Carioca (1923 / 1924 – invicto)